
Cissa Amorim
Arte expandida: proximidade e diálogos entre artes cênicas, artes visuais e música
Considerando as linguagens artísticas, uma performance foi escolhida para ser base de uma reflexão voltada para o hibridismo artístico.
O teatro de sombras é uma arte bastante antiga, mas possui a ajuda da tecnologia para se aprimorar e se desenvolver.
Neste trabalho, a performance do Grupo de Teatro de Sombras Attraction foi analisada sob o contexto teórico de Meireles (2008), Dellago (2017), Fernandino (2008) e Carvalho (2016) e o hibridismo artístico. A produção foi de um texto reflexivo que interliga a prática e a teoria.
Reflexos das novas tecnologias nas produções artísticas
Trago para a discussão o musical O pequeno Príncipe que utilizou música, teatro e tecnologia pelas mãos de Daniel Stryjecki - coreógrafo, dançarino, criador de projetos multimídia, que usando efeitos de luz conseguiu dar mais vida a esta obra imortal. Percebo o hibridismo e a plagiocombinação nesta obra clássica de Antoine de Saint Exupéry que tem marcado gerações. Por isso a escolhi. Várias são as performances usando esta obra, porém esta versão com apoio da tecnologia a coloca no cenário de obra híbrida. A obra congerge com o pensamento de Bernardino, o qual ressalta que os elentos visuais são determinantes para uma obra de arte. Acredito que a utilização de luzes e sombras para projeção nos dançarinos não desconfigurou o original da obra, mas a enriqueceu de efeitos e detalhes. O coreógrafo além de tudo valorizou o humano no contexto da obra. A obra data foi publicada pelo 3for1 Trinity Concerts GmbH em 30 de março de 2017.
Pode-se observar a conexão com os textos de Bernardino e de Santaella que trazem as intersecções da arte com a tecnologia e as tendências futuras da arte.

O fazer arte sob os auspícios das novas tecnologias
A proposta de compor uma obra artística em grupo e usando as diversas linguagens da arte com o apoio da tecnologia foi um grato desafio com um produto incrível que uniu imagens a uma bela composição musical. O grupo composto por um escritora, Dani de Brito, um compositor, Heverton Batista e eu, como interprete nos surpreendeu, pois a produção da "História cantada Ratofredo" nos emocionou e motivou a fazer o melhor pelo um público infantil e pela literatura. Deixo meus agradecimentos aos colegas e parceiros de atividade que nessa produção conjunta encantaram na música, na arte visual e no uso dos aparatos tecnológicos.
